quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Albuns de Destaque: Helloween-The Time Of The Oath


O disco começa com We Burn que tem uma energia daquelas, com uma pegada mais Power Metal, sem quaisquer traços do Hard/Heavy das fases anteriores do Helloween, e também por marcar um novo começo para o Helloween.
Steel Tormentor aumenta a intensidade do segundo disco da fase de Andi Deris no Helloween, apesar da temática lembrar Harder Faster do W.A.S.P, tem uma pegada mais Power Metal, com um instrumento bem diferente dos discos da banda alemã que postei aqui anteriormente é um pouco mais pesada que We Burn.
Wake Up The Mountain é um pouco mais cadenciada sem perder o peso das duas primeiras faixas, dando aquela sensação de estar ganhando por 3 a 0, e na parte de precisão técnica dos guitarristas, acabo tendo uma boa impressão agora, mas por algum tempo tive a impressão de que o Roland Grapow deixou cair a peteca nessa faixa, e além do mais alguém bebeu na fonte do Yngwie Malmsteen.
Power é a quarta faixa e intensifica ainda mais o que já estava acontecendo nas três primeiras músicas, tenho a leve impressão de que o Helloween se inspirou em Eye Of The Tiger do Survivor, sem parecer uma cópia descarada da banda estadunidense, algumas passagens instrumentais lembram o Survivor, e suspeito que um dos integrantes do Helloween seja fã do Survivor igual a mim.
Só na quinta faixa Forever and One(Neverland) que o clima speed é quebrado com um belo Lovy Metal que deixa as musicas dos discos da Som Livre no chinelo, que coloca AOR e Pop Rock como Soft Metal.


Before The War para mim é a versão de One do Metallica, só que menos melancólica, aqui o Helloween aposta mais no peso e na intensidade, e a banda alemã está no começo de um novo ciclo musical, e o Metallica no ...And Justice for All estava encerrando um ciclo, e os caras do Metallica estavam passando pelo luto de terem perdido o Cliff Burton( um dos melhroes baixistas de todos os tempos), e o Helloween também ainda estava em luto por terem perdido o baterista das duas primeiras fases da banda, Ingo Schwwichtenberg, que foi substituido pelo Uli Kusch no Master Of The Rings em 1994.
O Helloween e o Metallica encararam suas perdas de formas diferentes, e os caminhos foram opostos, enquanto o Helloween apostou numa postura mais metal em suas musicas e se aprimorou tecnicamente até ser o que é hoje, o Metallica trilhou um caminho cada vez mais comercial e perdendo a técnica com o tempo, apesar de ter tido um maior sucesso comercial.
A Million to One é uma faixa semi sombria, porque tem umas passagens sombrias, como uma espécie de preparação para o que vem pela frente, com menos velocidade que a faixa que a faixa anterior, acaba sendo mais cadenciada que Wake Up The Mountain, mantendo uma linha Heavy bem interessante.
Anything My Mama Don´t Like é bem pesada, e o principal destaque está no encarte com a Abóbora fumando um "beck"...Ha,ha,ha,ha,ha...e a letra dela é bem subversiva e dá um belo tapa na cara da sociedade e no politicamente correto.
Kings Will Be Kings para mim soa um pouco como Hard as Iron do Judas Priest, só que um pouco mais Power Metal e com um ar de menor desafio, soa também como algo mais medieval na temática, enquanto Hard as Iron é mais futurista, desafiadora e alegre ao meu ver, Kings Will Be Kings, é uma versão mais Lua em Leão.
Mission Motherland se destaca pela temática de Ficção Cientifica e pelo instrumental que resume bem as faixas anteriores, misturando partes melódicas, pesadas e cadenciadas na mesma faixa.
Além disso você pode ter a sensação de estar sendo abduzido(a) por Extra Terrestres ao ouvi-la, é uma viagem musical muito louca a ser feita,  essa faixa acaba sendo um “spoiler” para a faixa-titulo, a ultima do álbum.

Em umas das passagens temos uma clara inspiração do Black Sabbath em Planet Caravan do Paranoid, ou seja prepare-se para a viagem psicodélica.

If I Knew traz de volta a tona o lado romântico do Helloween, só que dessa vez de uma forma ainda mais intensa, porque nessa faixa para mim há amor, arrependimento, sonhos e romantismo, a faixa  perfeita para um disco de "Love Metal".
É aquele som para tocarmos ao lado de quem amamos do ponto de vista romântico, sem medo de errar, tem a intensidade certa e o clima certo também, se é que vocês me entendem, e também é uma mensagem de que metaleiros também amam.
The Time Of The Oath, a faixa-titulo do disco, é a mais sombria do album, cadenciada e pesada, te leva a um lugar sombrio e você se perdeu e precisa se reencontrar, mas a situação está bem complicada, pela sonoridade você se encontra na perdição e não consegue fazer mais nada, e nessa última faixa o Helloween é mais sombrio que o Metallica num album inteiro no caso o ...And Justice For All, e acho que The Time Of The Oath acaba empatando com Blackened e To Live is to Die do Metallica no peso e sendo mais pesada que One.



Os motivos de eu ter escolhido o The Time Of The Oath como melhor álbum da terceira fase do Helloween:

1) Foi um dos primeiros discos de Metal que ouvi na vida, quando eu tinha 16 anos.

2) Foi indicado pela minha irmã mais velha. e comprei ele na Extinta Seção de CD's do Sonda da Matarazzo em 2001, ela achou que seria o disco do Helloween com The Midlle Of A Heartbeat, primeira musica do Helloween que ouvi na vida.

3) É um disco de recomeço para o Helloween, já que o Master Of The Rings foi de transição, e nesse disco temos faixas bem diferentes, apesar de inspirações musicais similares.


4) Os outros discos da fase do Andi Deris são ótimos, mas esse se destaca pela variedade musical, e por ter sido mais marcante na minha vida.

5) The Time Of The Oath enterrou de vez a pegada mais Hard dos discos anteriores e conseguiu mudar o Helloween para a melhor musicalmente.

6) A capa do The Time Of The Oath lembra do Keeper Of The Seven Keys Part 1, só que numa versão mais sombria.

7) Demorei para escrever essa análise, porque tive problemas pessoais para resolver, é apenas isso que vou dizer.
 

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