Sabbath Bloody Sabbath( a faixa-titulo) abre o álbum do
Black Sabbath da fase com o Ozzy Osbourne nos vocais que considero o melhor de
todos dessa época.
Tem clima que mistura peso e algo mais melódico na medida
certa, algo muito foda para uma banda de Heavy Metal setentista, é um som
direto e sem firulas.
A National Acrobat é um som um pouco mais cadenciado, mas
com um instrumental mais pesado, com Ozzy dando uns agudos a mais, mas enfim,
com a bateria de Bill Ward se destacando um pouco mais que na faixa anterior,
com aqueles ecos peculiares de musicas dos anos 1970, sem soar repetitiva e o
Sabbath de alguma forma tem o seu auge criativo e mais experimental na primeira
fase com o Ozzy nos vocais.
Fluff é a aquela musica que você pode ouvir se quiser dar
aquela viajada para o mundo da fantasia ou dar aquela dormida, ou simplesmente
relaxar, até imaginei como o Toni Iommi tocaria ela ao vivo, é um som um pouco
mais suave e experimental, bom para a turma que tem ouvidos mais sensíveis.
Sabbra Cadabra cuja temática é magia, para mim soa como um
rock’n’roll mais básico, dá aquela sensação de liberdade vai ter gente me
falando que soa como Led Zeppelin, mas os lances de teclado são um diferencial
nela, algo que não tem em qualquer musica do Zeppelin, e meio que foi uma
influencia para as bandas de Rock Progressivo, porque de alguma forma todas as
bandas tem uma intercessão entre si, mesmo que pequena.
Killing Yourself To Live é a faixa mais pesada do álbum, por
ser mais crua que as faixas anteriores e posteriores, e meio que essa musica de
alguma forma é filosófica e profética, porque meio que fala que as pessoas se
matam por dentro para sobreviverem e sobre o sufoco que a sociedade nos impõem e fala sobre as mascaras sociais.
Para mim também soa como aquelas trilhas sonora de filmes
gringos de sniper, gangsters e tiros dos anos setenta, seria uma trilha sonora
perfeita para um filme do Charles Bronson ou do Chuck Norris.
Who Are You? é um som experimental e sombrio ao mesmo tempo,
com teclados bem sinistros, perfeita para ser trilha de filme de terror do
começo dos anos 1970, daqueles bem misteriosos e também para aqueles filmes de
satanismo, e só para o meio da musica entram os outros instrumentos para dar uma completada no som.
Looking For Today é aquela musica bem subversiva e animada,
ela fala de deixa o passado para trás, é aquele som bem aquariano e pra
frentex, fala de deixar a caretice de lado, acho até que esse som é o mais
alegre do Sabbath Blood Sabbath.
Spiral Architect na primeira parte da audição dá para achar
que é mais uma musica feita em estúdio, mas depois acaba parecendo ao vivo, ela
é um ponto de interrogação em si, no fim dela nas primeiras audições dela achei
que fosse ao vivo, por ela ser tão bem feita e enigmática, porque no fim dela
soa como se fosse ao vivo, porque dá para ouvir um barulho de chuva como se o
Black Sabbath estivesse em um show.
Motivos de eu ter escolhido o Sabbath Blood Sabbath para a
segunda parte desse review musical são os seguintes:
- O Sabbath Blood Sabbath foi o segundo álbum do Black Sabbath que eu ouvi na vida.
- Esse álbum de 1973 é melhor que o Paranoid, porque o Sabbath amadureceu musicalmente nos quatro anos que separam os dois álbuns, e variou sonoramente sem medo, e os experimentos musicais funcionaram bem em Sabbath Blood Sabbath.
- Esse disco me introduziu na primeira fase do Black Sabbath, e por causa dele tive a curiosidade de ouvir o Paranoid depois.
- Os encartes desse álbum do Black Sabbath são bem interessantes, o desenhista foi um gênio, porque no mesmo ano foi produzido o Exorcista.
- Sabbath Bloody Sabbath foi um álbum despretensioso e rebelde ao mesmo tempo.
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