segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

CLT e o Estado(Escrito Resgatado do dia 26/11/2011)

Não existe nada pior que ser funcionario público celetizado, porque na maioria das vezes você ganha pouco, tem a carga de trabalho equivalente a de quem trabalha na iniciativa privada, e ainda por cima não tendo nenhuma garantia estabilitaria, ficando submetido ao humor dos politicos e dos gestores, o que é errado.
Quem defende a celetização, a terceirização e as "contratações emergenciais", são os politicos e essa midia bajuladora, cujos membros não ligam para a verdade dos fatos, apenas aos favores dos" déspotas modernos", e dos partidos politicos.
As pessoas que tem a falsa noção de que funcionario público não trabalha tem a sua parcela de culpa, por se deixar levar de forma infantil por preconceitos enraizados, e pelas respostas "faceis".
As pessoas "de fora" crentes que essa "flexibilização" é positiva, estão redondamente enganadas, porque a retirada de garantias estabilitarias, apenas submete os novos servidores publico ao medo de serem demitidos sumariamente.
Um exemplo claro dessa realidade foi a época que trabalhei na Fatec como Auxiliar Administrativo, com uma carga de trabalho muito semelhante ao do meu atual  emprego na iniciativa privada, e foram três meses desgastantes, pelo fato de que eu e nenhum de meus colegas tinhamos chance de crescimento lá dentro, e isso sem contar o papel cebola(nome dado pela galera da Fatec ao holerite), além da incerteza se havia estabilidade ou não.
A retirada de garantias estabilitarias do funcionalismo, apenas instalam um estado totalitario e sem transparencia aos poucos.
Para haver um estado mais transparente, as garantias de estabilidade do funcionario publico tem de existir sim, com a finalidade de acabar com a impunidade dos politicos, e garantir um estado realmente democratico, onde as pessoas possam pensar, e não obedecer os ditames de uma elite manipuladora.
Os 3 meses que trabalhei na Fatec peguei uma estrada para o inferno, sendo que no começo pensei estar numa estrada a caminho do céu, pois as atribulações não foram poucas, fiz amigos lá, e tive bons debate filosóficos graças a uma colega estudante de Filosofia  e um colega mais introspectivo, tive respaldo da chefia para minha sorte, e mais alguns momentos bons nessa fase.
Para aqueles que criticam as greves do funcionalismo publico, tenho um aviso importante, não opinem baseados no que essa midia de militantes politicos diz, pois a verdade só quem sabe são as partes envolvidas, melhor façam um voto de silencio numa circunstancia dessas.
Amigos e amigas, eis aqui o depoimento de um ex-funcionario publico celetizado que como portador da verdade e da justiça, não pode se calar diante dos desmandos dos déspotas arrogantes, que tanto a elite como a maioria coloca no poder.

Nesse texto é a demonstração dos meus primeiros sinais de lucidez política e de que aquele ideal de ser o funcionário público-heroi era pura fantasia, naquela época tava começando a ter asco dos Governos Tucanos aqui em São Paulo, por causa da estrutura de mentiras, arapongagem, salários baixos, condições de trabalho muito ruins, e isso sem contar o confuso regime de trabalho.
Eu ainda era estatista naquela época, com um pouco daquela ilusão, mesmo depois do Baque na Fatec.
Uns seis meses depois eu mudaria radicalmente minhas idéias com a descoberta da minha afinidade com o Anarquismo, e meu asco ao sistema atual.
Comecei a perceber como a midia é mercenária e puxa-saco de governo ladrão e autoritário, e de como o poder sobe a cabeça de certas pessoas.
Depois que li a Privataria Tucana com documentos vasculhados em Cartórios e dentro do próprio Estado, não tive mais duvidas da Hipocrisia dos "Administradores" Privatistas.
   

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