sábado, 14 de setembro de 2019

Albuns de Destaque: Helloween-Walls Of Jericho

Starlight é a primeira faixa do primeiro álbum do Helloween, tem uma introdução aparentemente sem graça, mas que agora percebo ser bem irônica com um rompante incrível logo de cara, aquele som que você pode usar para espantar aquele vizinho funkeiro pentelho colocando no último volume, ouvindo aquele Power Metal de respeito.
Murderer me levar a perceber um recurso bem interessamte na bateria que as bandas de Power Metal usavam nos primórdios de meados dos anos 80, bem denso e profundo, algo que foi intensificado e aperfeiçoado pelo Blind Guardian em Battalions fo Fear de 1987.
Warrior lembra um pouco One do Metallica para quem não conhece tão bem a discografia do Helloween, a única coincidência entre as duas músicas é a introdução mesmo, porque o restante das execuções das duas músicas é bem diferente, acho que talvez o Metallica tenha se inspirado um pouco no Helloween para compor One do ...And Justice For All em 1988, e Walls Of Jericho é de 1985, portanto temos uma diferença de três anos entre os dois álbuns.
Victim Of Fate é a minha favorita de Walls Of Jericho, porque lembra muito Breaking The Law do Judas Priest, com uma energia extra, em alguns momentos soa como o W.A.S.P. em Sleeping In The Fire, e dessa fusão bem interessante sai algo completamente novo, com toques de bateria Power Metal, e o titulo dessa faixa lembra Victim Of Changes do Judas Priest, uma quase coincidência que me faz gostar ainda mais dessa música.
Cry For Freedom é aquela típica faixa do Power Metal que começa suave e vai intensificando com elementos de música clássica bem mesclados com as guitarras mais cruas dos primeiros anos desse estilo do Metal com uma melodia incrível.
Walls of Jericho/Ride The Sky começa com trombetas na introdução, depois disso começo a pauleira com direito a agudos, guitarras e baixo crus, e a bateria intensa, uma boa velocidade no som, e aquele up no estado de espírito.
 
Reptile é um som intermediário que nem sobe nem desce, começa intensificando, mas acaba parando no meio do que estava se propondo a fazer.
O ânimo é retomado em Guardians com aquela energia Power Metal voltando ao ápice até fiquei feliz em revisitar esse som.
Phantons Of Death tem uma sonoridade me lembra um Hard Heavy Oitentista mais intenso, fazendo uma fusão interessante com o Power Metal, algo que aconteceu mais vezes no Keeper Of The Seven Keys 2, uma peculiaridade que acho que talvez tenha trazido o Andi Deris anos depois para o Helloween, já que mais ou menos nessa época ele estava no Cream 69, uma banda de Hard Heavy alemã pouco conhecida, que começou suas atividades em meados dos anos 80.
Metal Invaders é mais uma clara inspiração para o Blind Guardian, quebrando um pouco a tendência Hard da faixa anterior, voltando ao Power Metal Cru.
Em Gorgar a pauleira segue dando as cartas, e em certas horas dando a impressão de o Godzilla estar estar por perto sonoramente, uma viagem musical impressionante, mas o "Tilt" do fim da musica fica algo meio Star Wars.
Heavy Metal Is the Law se passa ao vivo, com a galera fazendo coro ao fundo, dando aquela impressão de ser uma faixa bônus no Walls Of Jericho, com o baixo se destacando um pouco mais do que nas faixas anteriores.
How Many Tears para mim foi praticamente uma profecia da minha vida afetiva nos anos seguintes, porque tive anos de lágrimas por conta dos foras daquelas que amei, no meio dessa faixa tem um solo melancólico que conversa bem com minha própria melancolia das vezes que tive de abrir mão do amor mais intenso dentro do meu coração.
Judas me lembra da última mina que amei e pensei ser minha melhor amiga e alma gêmea, mas traiu minha confiança e me torturou emocionalmente(olha que ela se dizia Justa e Libertária) durante um bom tempo, só consegui me libertar das atitudes escrotas dela só agora, graças a muita terapia e introspecção.
E ouvi esse som primeiro como faixa bônus do Keeper Of The Seven Keys 1, tempos antes de arranjar o Walls Of Jericho.

 Os Motivos de eu ter colocado o Walls Of Jericho em destaque agora estão enumerados a seguir:

1) Decidi escolher esse álbum do Helloween, por representar os primórdios do Helloween com o Kai Hansen nos vocais(um dos melhores vocalista desse estilo do Metal e ter um vocal "feio" tipo o Geddy Lee do Rush, algo que acho bem legal), por Walls of Jericho ser um prenuncio dos trabalhos incríveis do Kai Hansen no Gamma Ray e no Iron Savior, por exemplo.

2) O Helloween tem três fases diferentes com três vocalistas diferentes(Kai Hansen, Michael Kiske, e Andi Deris) que deram contribuições épicas ao Power Metal.

3) Vou analisar um álbum de cada fase de uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos, portanto em breve vou dar continuação a essa análise.

4) O Helloween vai tocar agora no Rock In Rio agora em Setembro.

5) Incomodei muito meus colegas de Faculdade em uma das primeiras que que ouvi esse álbum do Helloween, porque eles torceram o nariz para o peso do Walls Of Jericho. 


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