quarta-feira, 13 de julho de 2016

Existe Liberdade Econômica no Capitalismo?

Em conversas com Liberais e Ultra-Liberais,eles reclamam da falta de Liberdade Econômica, mas será que ela existe no Capitalismo? E outra pergunta que faço: Para quem?

No sistema capitalista existe a escravidão salarial que retira a alternativa do individuo de viver de outra forma, senão a voltada para a sobrevivência, para isso a pessoa acaba tendo de se submeter a um patrão e/ou chefe para ganhar o suficiente para bancar as contas.

Hoje em dia ainda a acumulação de riquezas é necessária para comprar a Carta de Alforria, pois com o advento do Trabalho Assalariado, a escravidão fica melhor dissimulada, pelo fato de vir disfarçada de "Livres Trocas", pois tanto o Povão como a Classe Média não possuem liberdade de tempo, e por encararem Longas Jornadas de Trabalho, com horários rígidos.

Sem contar a crescente cobrança curricular para se executar um simples trabalho operacional de escritório, por exemplo, e muitas vezes as pessoas se submetem duplas(Trabalho e Faculdade, e até triplas no caso das mulheres), as pessoas perdem a juventude e a qualidade de vida para terem salários apenas razoáveis, mergulhadas na alienação de não poder ver o mundo de forma mais ampla.

Para concluir a saída de curto prazo se dá pela redução da jornada de trabalho de 44 para 30 horas/semanais, sem redução de salários, com a finalidade de facilitar a vida do estudante-proletário ,sei que é uma simples reforma, mas que pode fazer uma enorme diferença no processo revolucionário a médio e longo prazo.

Essa jornada reduzida pelo menos vai ajudar no equilíbrio trabalho, condução, faculdade e casa, proporcionando qualidade de vida das pessoas, e populariza o Caminho do Meio Budista, que prega que nem o Luxo e nem o Ascetismo ajudam na evolução espiritual, e isso sem contar que essa medida resulta em melhores noites de sono, mesmo que isso não signifique de imediato em redistribuição de renda e tomada dos meios de produção.

Portanto no Capitalismo a liberdade econômica é para uns poucos, e nós proletariados ainda temos de nos colocar na escravidão salarial, enquanto houverem entre os oprimidos aqueles que possuem Sindrome de Estocolmo, todos continuaremos ferrados.

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