A amizade é a única forma autêntica de Amor-Livre ao meu
ver, por ser ampla, acessível, e liberta da moral e da cultura vigentes, sendo
a forma de relação humana mais desburocratizada e descentralizada.
Enquanto que o amor romântico é altamente burocrático, moralista,
inacessível, e tirânico por muitas vezes, amar não é como um leve cruzeiro como
é descrito em Amor, como a galera do Grupo Gattu faz parecer na peça tetral,
pelo contrário pode ser opressivo, por vezes nos deixar sem dormir e
enloquecidxs, isso quando não sofremos bastante para no fim nos decepcionarmos, e o
único navio possível de ser comparado a essa forma de amar é o Titanic, por
motivos óbvios.
A amizade é acolhedora, pois quando sentimos ser indigentes
afetivos, por causa de um amor não correspondido, é ela que conserta os danos
do amor romântico, por ser estável, enquanto que o amor é instável e caótico, por mais que tenha gente que diga
que não, a verdade é dura, o amor é acessível as pessoas de perfis mais
extrovertidos da população, e além desse fato, tem outro fato que a maioria das
pessoas deixa passar desapercebido é de
que o capital a ser acumulado para se comprar a carta de alforria para fora do
sistema aumenta, por conta da venda de um “combo” de um padrão de vida
pré-fabricado pelo sistema, no qual inclui jogar as pessoas nas garras dos
banqueiros através dos financiamentos e empréstimos, que obviamente geram
endividamento, e um grilhão a mais para se preocupar.
Além do mais o amor romântico foi rebaixado a categoria de
mercadoria, para ser mais especifico a de necejo, “acessível” mediante
pagamento, pois não existe a certeza de se alcançar o que se quer, pois a
pessoa ainda precisa passar por diversas etapas burocráticas, e ainda sim se
apegar a uma possibilidade e não a uma certeza, digo isso dos sites específicos
para relacionamentos amorosos que muitas vezes são disfuncionais.
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